quarta-feira, 30 de março de 2016

Titular da Depca orienta como identificar abusos sexuais praticados contra crianças e adolescentes

28/03/2016


A maior parte dos casos de estupros contra crianças e adolescentes ocorre dentro da própria família e, geralmente, é praticado por parentes próximos da vítima. A afirmação é da delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Juliana Tuma. Conforme a autoridade policial, os pais ou responsáveis precisam ficar atentos.

Com base nos registros formalizados na Depca, a delegada destacou que muitos autores de abuso sexual são pessoas da própria família da vítima ou pessoa conhecida dela. “São muitos os casos de autores que tenham um grau de parentesco em linha reta e colateral em primeiro grau com a criança ou adolescente e a maioria deles conquista até a confiança dos pais da criança. Não dá para reconhecer um pedófilo pelo físico, profissão e até mesmo o sexo”, alertou.

Embora a maioria dos casos de abuso sexual registrados na Depca tenha homens como autores, Juliana Tuma enfatizou que também há ocorrências em que mulheres são apontadas como responsáveis pelas transgressões. “Atualmente temos procedimentos investigativos em andamento que apontam até mães como autoras de abuso sexual contra os próprios filhos”, argumentou.

Como exemplo, a autoridade policial relembrou o caso da babá Lidiane Barbosa da Silva, 21, presa no dia 2 deste mês, no Conjunto Hiléia, bairro Redenção, zona Centro-Oeste da cidade. A jovem foi denunciada por cometer uma série de violações no ano passado, em um intervalo de aproximadamente seis meses. A vítima foi uma menina de sete anos, que ficava sob os cuidados de Lidiane.

“Ao contratar alguém para cuidar de uma criança é preciso buscar referências dessa pessoa. Ir pessoalmente ao endereço dela, conversar com vizinhos, pedir informações de ex-chefes e de pessoas que ela já tenha trabalhado junto”, orientou.

Para a delegada, os pais precisam manter um bom diálogo com os filhos e saber identificar um comportamento ou atitude diferente que a vítima possa manifestar. “É necessário ter uma comunicação aberta com a criança, pois assim ela irá relatar qualquer situação suspeita. Também é preciso instruí-la a reconhecer atitudes inadequadas, como toques no corpo e conversas impróprias”, disse.

Além das medidas preventivas, Juliana Tuma revela algumas alterações de conduta das vítimas. “Quando sofrem abusos, as vítimas geralmente apresentam as mais diversas alterações de comportamento emocionais, tais como agressividade, introspecção repentina, alteração de sono, apatia, ansiedade e isolamento. Quando isso ocorre é importante investigar o motivo e buscar ajuda o quanto antes”, concluiu.

O prédio da Depca está situado na Rua Seis, s/nº, Conjunto Vista Bela, bairro Planalto, zona Centro-Oeste. Dúvidas ou informações podem ser esclarecidas pelos números da unidade policial: (92) 3656-7445 ou 3658-2397.

fonte:http://www.policiacivil.am.gov.br/noticia/id/5578/
AI-PCAM